Analise
Review de Mobile Suit Gundam: Hathaway's Flash by: EXIA
sexta-feira, 2 de julho de 2021 às 15:45

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Sobre o Autor: EXIA

Fã desde 2011 Conheçeu Gundam atraves de revistas especializadas em animes, sendo o primeiro Gundam que assistiria seria Gundam SEED.



E aí, pessoal! Tudo bem com vocês? Aqui é o Exia e hoje traremos uma pequena Review do mais aguardado filme de Gundam dos últimos anos. Estão prontos para encarar o que eu achei do primeiro filme da trilogia de Mobile Suit Gundam: Hathaway's Flash? Então, vamos nessa!

Mobile Suit Gundam: Hathaway's Flash

Depois de vários adiamentos por causa da COVID-19, finalmente, no dia 11 de Junho, tivemos a sua tão aguardada estreia. A expectativa até então estava muito alta. O Hype por ele aumentou depois que foram divulgados os primeiros minutos do filme, sendo possível ver que ele chegaria com uma baita responsabilidade. Sendo a versão animada de uma novel escrita pelo próprio Yoshiyuki Tomino, criador da série original, ele oficialmente abre as portas para o novo projeto proposto pela Sunrise para a franquia Gundam.

O projeto UC Next 100 começou com um epílogo chamado de Gundam Narrative, e que finalmente começará com a bola toda com Hathaway’s Flash. Afinal de contas, vale a pena o primeiro filme de Mobile Suit Gundam: Hathaway's Flash? Para tornar esse filme tão grande e ambicioso, tivemos uma equipe de peso no projeto, Shukou Murase que trabalhou em histórias bem conhecidas pelo público como Ergo Proxy, Gangsta, Witch Hunter Robin, Genocidal Organ está dirigindo o projeto, e Yasuyuki Mutou, que veio de animes como Basilisk, Mobile Suit Gundam Unicorn RE: 0096, Deadman Wonderland está escrevendo o roteiro. Pablo Uchida, Naoyuki Onda e Shigeki Kuhara estão adaptando os designs originais dos personagens de Haruhiko Mikimoto para a animação. Hajime Katoki, Kimitoshi Yamane, Seiichi Nakatani e Nobuhiko Genba com a adaptação dos Mecha Design de Moriki para animação. Hiroyuki Sawano aclamado por fazer as trilhas sonoras de Shingeki no Kyojin, Mobile Suit Gundam Narrative, Mobile Suit Gundam Unicorn está compondo a música.

Sobre a história:

O ano é U.C. 0105, mais precisamente: doze anos após a Segunda Guerra Neo Zeon; a paz na Terra e suas colônias é interrompida por "Mafty", uma organização terrorista empenhada em impedir a Federação Terrestre de privatizar a Terra para os ricos e poderosos. O líder de Mafty é Hathaway Noa, filho do lendário Capitão da Federação Bright Noa, e também é o piloto do Gundam experimental RX-105 Xi Gundam.

Animação:

Já vamos começar com aquilo que me deixou mais impressionado! A animação deste filme com toda a certeza é algo que salta aos olhos; sendo, na minha opinião, a melhor animação feita para um filme da franquia Gundam de longe. A riqueza dos detalhes, que vão desde cenas estáticas, diálogos e por fim as animações dos combates, são incrivelmente bem detalhados. A título de comparação, tirando os filmes que estão compilando a série de G no Renconguista, o último filme lançado foi o de Mobile Suit Gundam Narrative, e que, modéstia a parte, não teve uma qualidade muito boa, chegando a ser considerado até mesmo um pouco abaixo do próprio Gundam Unicorn, com o qual ele tem conexão.

Sua fotografia e o cuidado com os cenários apresentados, são de uma qualidade extremamente alta, deixando os fãs com vontade de visitar tais lugares mostrados no filme de tão parecidos que estão com os do mundo real, como vocês bem podem ver abaixo.

As cenas de diálogo no filme também ganharam um trabalho a mais, até porque, diálogo é o que mais pode ser visto no filme. Com poucas cenas de ação no filme, o destaque foi para as cenas em que Gigi Andalucia aparece: as riquezas de detalhes mostrados em todas as ocasiões em que ela aparece realmente são de saltar os olhos, bem como as expressões de todos os outros personagens.

Agora, nas poucas cenas de batalha que temos, eles mais uma vez impressionam. Elas são impactantes e cheias de efeitos. Cenas onde podemos ver as pessoas correndo enquanto faíscas das armas laser passam pelas suas cabeças são incríveis. As explosões e, é claro, as batalhas dos Mobile Suits também foram muito bem orquestradas por parte da equipe do diretor Murase, fazendo valer o nível de detalhes que ele exigiu de sua equipe.

Trilha sonora e dublagem:

Aqui foi uma parte que tive que analisar com cuidado, pois à primeira vista, quando ouvi as trilhas sem assistir ao filme, tive a impressão de que as músicas estavam em um nível abaixo do que geralmente esperamos do grande Hiroyuki Sawano. O que mudou drasticamente após assistir ao filme. A princípio, quando você vê a quantidade de músicas que temos no primeiro longa, podemos acabar nos espantando, mas não se engane. Em todos os momentos em que se pede por uma boa música, ela estará lá, com toda a certeza!

Outro ponto positivo no filme foi a qualidade de detalhes audíveis que temos. Eriko Kimura, diretora de som, fez um ótimo trabalho, que vai desde o som dos disparos atingindo o chão, o barulho das armas sendo utilizadas e até um motor de MS falhando, fazendo com que cada detalhe seja incrível.

Vamos falar agora sobre a dublagem apresentada pela Netflix para o filme de Hathaway’s Flash. Sendo feita pela Delart Rio, a dublagem contou com alguns dubladores interessantes, como Alexandre Drummond (Barry Allen/Flash da série de Tv Flash), e também Manolo Rey (Peter Parker / Homem-Aranha do filme cassico de Homem-Aranha de 2002, e também Marty McFly do filme De Volta Para o Futuro). Os poucos nomes de peso não afetam o nível da dublagem apesar de tudo, Yuri Tupper que foi responsável por dar a vida a voz de Hathaway Noa no filme, se saiu muito bem apesar de não ter um currículo tão extenso como dos dois acima citados. E que desempenhou com maestria seu papel. Jeane Marie, a responsável pela voz de Gigi Andalucia, também fez uma voz muito boa para a personagem, deixando o mais fiel possível com o original Japonês. E por fim o dublador de Lane Aim também e um nome muito forte no meio da dublagem, e foi realizada pelo diretor de dublagem do filme, João Cappelli (Draco Malfoy da saga Harry Potter). Portanto todos os dubladores responsáveis pelo filme estão de parabéns, nota 10! Agora, sobre a adaptação dos nomes da série não dá para dizer o mesmo, mas no geral não esta ruim. Alguns nomes que na minha opinião e também de algumas pessoas, não deveriam ter sido adaptadas, como os Newtypes, que foi dublado como Novo tipo. Fora isso são algumas pouquíssimas coisas incomodam, nada tão grotesco como as “Armadura de voo” descrito nas legendas do Netflix, então pelo menos não erraram a ponto de desistirmos de ver dublado.

História e personagens:

Sobre os personagens, tivemos algumas alterações por parte de Pablo Uchida e Naoyuki Onda, que deram uma repaginada em muitos dos personagens da trama.

Outra parte que também ganhou uma repaginada foram os Mobile Suits. Vale lembrar que a história original foi escrita em 1989 e, por isso, alguns designs que antes estavam na “moda” tiveram que ser retrabalhados. Destaque para o FD-03 Gustav Karl, que podemos dizer até que foi refeito, pelo que vemos abaixo.

Agora vamos falar sobre a história, e talvez a única coisa que me incomodou sobre o filme. Existem algumas situações que deveriam ter sido abordadas ou, pelo menos, citadas neste filme, o que deixaria tudo um pouco melhor para o entendimento, e que espero que tragam à tona no 2° ou 3° filme da trilogia. A primeira parte que me incomodou foi que, 12 anos se passaram depois de Char’s Counter Attack, e nesse período de tempo aconteceram algumas coisas bem interessantes. A primeira coisa que falo, foi tirada da única Timeline que temos sobre os eventos de U.C, que está desatualizada, fazendo com que algumas mudanças possam ocorrer, mas até que isso não seja oficializado, tomarei como certo. Em U.C 0100, os responsáveis pelo que sobrou das guerrilhas de Neo Zeon cessam as hostilidades contra a federação, encerrando um impasse que durava mais de 22 anos, por fim, a saga dos Zeon se encerra, e isso tinha que ser ao menos citado. Pois é algo relevante, uma vez que alguém está patrocinando a Mafty e esse alguém pode ser dos remanescentes de Zeon. Segundo ponto é sobre a organização ManHunter, você ouviu falar deles no filme? Se não ouviu, não vou culpá-lo, porque ele só foi dito uma vez. ManHunter é uma agência criada pela federação para caçar imigrantes ilegais na terra, e que funciona como MAIS uma força opressora da E.F.F. Isso também me deixou um pouco irritado, uma vez que a ManHunter vai continuar caçando as forças da Mafty junto com a Federação. Eles tinham que dar pelo menos uma breve explicação sobre o que são, o que não ficou claro no primeiro filme.

Os ManHunters são peça chave na trama e nem mesmo assim teve um bom destaque no primeiro filme.

Se você ficou um pouco confuso sobre o por que a Mafty realizou tais ações terroristas no filme, fique sabendo que esse também foi um ponto que faltou ser melhor abordado. O único pretexto mostrado no filme foi o seu plano louco de mandar todos para o espaço, após matar todos os figurões da federação, mas não é só isso que a Mafty deseja. Como já havia explicado, em U.C 0100 os remanescentes de Zeon encerram as suas atividades contra a federação, e isso leva a federação a criar uma emenda de lei que concede ainda mais poder aos burocratas que moram na terra sobre as colônias. E que, inclusive, todos que estavam a bordo do lançador espacial no início do filme estavam indo para a terra por causa disso, o que nem foi citado. A conferência de Adelaide é o ponto chave na trama de Hathaway’s Flash, e sem ter uma única citação sobre isso no filme, com certeza, me incomodou. Para finalizar a parte da história, gostaria de saber se realmente Hathaway’s Flash seguira um caminho independente, sem mencionar obras anteriores, como Unicorn e Narrative... No primeiro filme não tivemos nenhum indício sobre isso, e se não acontecer, realmente seria um pouco triste de se ver. Até seria bastante conveniente se, por exemplo, a própria Minerva ter encerrado o conflito entre a federação fosse para se manter fora dos holofotes, isso seria uma excelente sacada por parte dos roteiristas. Fora as entrelinhas que comentei, o filme é ótimo e vale muito a pena assistir, pelo conjunto da obra que, com certeza, vale a pena, talvez o melhor filme depois de Char’s Counter Attack.

Conclusão:

Com tudo isso que falei, posso dizer que Mobile Suit Gundam: Hathaway’s Flash não está quebrando recordes a toa. Ele realmente é um excelente filme, com a parte técnica impecável e um pequeno deslize na parte da história, mas que pode ser corrigida com os próximos filmes. Então, a minha dica é: Vejam Hathaway’s Flash! Ainda mais agora que temos na Netflix, e dublado! Até a próxima para mais uma review.

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